Vemos todos os dias na TV notícias de seqüestros, tiroteios nas favelas, trafico de drogas, etc., no Rio de Janeiro ou em São Paulo. Aí temos o que é chamado normalmente de crime organizado.
Não tenho idéia se este termo é adequado pra este tipo de criminalidade, sei que em Belém temos tudo isso em outra escala. Mas o que incomoda mesmo a vida das pessoas na cidade das mangueiras é a questão do que eu chamaria de crime desorganizado. Isto é, aquele crime feito na grande maioria das vezes por adolescentes, em pequenos roubos à mão armada pelos quatro cantos da cidade.
Em Belém infelizmente não podemos fazer coisas extremamente simples do cotidiano, como atender o celular na rua, levar mochilas nas costas ou escutar música no MP3, qualquer um destes atos pode chamar a atenção dos trombadinhas, que atacam a toda hora e em qualquer lugar da cidade.
O problema é que este tipo de crime, apesar de parecer menos estruturado ou organizado como o de tráfico de drogas, por exemplo, é um dos tipos de violência que nos deixa mais vulneráveis ou pelo menos mais temerosos em relação à possibilidade de levar um tiro a qualquer hora.
Muito se fala na cidade que um dos problemas deste tipo de assalto é a inexperiência dos assaltantes, muitas vezes adolescentes muito novos, que por este motivo, a qualquer movimento do assaltado disparam a arma.
Não sou especialista no assunto, muito menos tenho dados pra falar, mas só por uma questão de comparação, nas vezes em que estive no Rio ou em São Paulo, ou outras cidades como Porto Alegre, por exemplo, me sentia muito seguro de fazer estas coisas do cotidiano, mesmo andando altas horas da madrugada em ruas desertas. Atendia celular, usava mochila, etc. coisa que em Belém, infelizmente temo fazer.
Não estou dizendo que estas cidades sejam maravilhosamente seguras – claro que não! – todas têm os seus muitíssimos casos de violência urbana. Mas ao que parece, talvez pela existência do “crime organizado” (onde muitas vezes o chefe do tráfico proíbe os assaltos, já que precisa dar segurança aos compradores de drogas advindos das classes médias da cidade!), ainda existe um mínimo de segurança ou sensação de segurança por lá.
Assim, não sei o que é “melhor” (explicando a ironia: “na verdade não sei o que é pior!”) o crime organizado do centro ou o “crime desorganizado” de Belém.
O foda mesmo é ter que escolher entre estes dois tipos, sem termos uma terceira opção à vista no horizonte belenense!!
Por enquanto só nos resta torcermos pra não cruzarmos com nenhum grupo de assaltantes na rua da cidade!
Nenhum comentário:
Postar um comentário