segunda-feira, 30 de abril de 2012


Prefiro manter-me distante das catástrofes amorosas
Evito olhar fixamente olhos femininos, vagueantes
Não passo na frente de cinemas, nem compro rosas
Evito a loucura, o prazer e a dor, inerente aos amantes
Quem sabe um dia, desistirei totalmente do sexo
Então salvarei crianças e gatinhos presos em arvores
E me dedicarei a ações nobres e com mais nexo
Mesmo que no peito permaneça a dor, que a todos arde!

domingo, 29 de abril de 2012

Gosto de tuas estrias


Gosto de tuas estrias,
todas elas,
apesar de não tê-las contado ainda.
Gosto de tua mão fria ao beber coca.
Cola em minha pele como se fosses tatuagem,
dando ou não coragem pra toda essa bobagem do amor!
Gosto daquela tua curvinha, já te disse antes...
Gosto dessa tua estrada chamada corpo que me tomas...
Quero beber aquele liquido viscoso e aprofundar o teu gozo
enquanto choves como chuva em terra conhecida.
Gosto de todas as tuas estrias,
(todas elas!)
apesar de não tê-las contado ainda
e quero que te sintas comida como me sinto consumido por todos esses “ais”.
Gosto de todas as tuas estrias,
e ei de contá-las ainda.
Mesmo que em teu corpo me perca e não me ache mais!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A partir de um diálogo sobre carne com Erika Morhy




O osso sustenta a carne
A carne enfeita o osso
O osso emoldura a carne
A carne que adorna?
E o corpo o que seria então?
A dialética dos nervos, carnes e cartilagens?
A arquitetura dos ossos?
A engenharia do tráfico de veias e sangue?
A filosofia dos cérebros e suas conexões elétrico-metafísicas?
O corpo sustenta a vida
A vida move o corpo
E o mulher/homem embaralha as definições
O belo é a certeza do fazer-se
carne, osso, pele, cartilagem,
dor, alegria, morte que a vida repele!

quinta-feira, 26 de abril de 2012


Língua no queixo
Língua, eixo
Reta, côncava, convexa
Ao leito
Cobra, teto, peito, mamas
Tetas, dedos, deitas
Língua rumo ao sexo
Lúbrico deleite

domingo, 22 de abril de 2012

O que descobri hoje!

Os cordobenhos, pelo menos no centro, são muito brancos. Eu gosto de frio (na verdade apenas confirmei isso)! Surgiu-me uma dúvida, na verdade uma curiosidade: de como foi o massacre nesta região da Argentina, para que não vejamos negros (mesmo marginalmente) e muito menos índios, que deveriam ter aos montes... Como foi esse massacre? Tenho que ler sobre isso! Há uma similitude, uma parecença muito grande entre o que hoje em Belém chamamos de dança do tecnobrega, ou do brega, ou os gêneros associados a isso, e uma série de danças que os cordobenhos fazem nas praças da cidade aos domingos. Vi passos que perfeitamente poderiam ser de brega, em gêneros parecido com um brega aboleirado, rápido, daqui... Há muito mais relações entre Brasil e América Latina do que imaginamos! Que estamos, na verdade continuamos – muito equivocadamente!!! – de costas para a América Latina. Que estou um tanto quanto embriagado!! Ora!, mas isso não é novidade pra ninguém! Córdoba, Argentina, 23/04/12.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Fora de Belém por alguns dias, o que me dificulta postar. Assim que voltar retomamos as atividades!

domingo, 15 de abril de 2012

sábado, 14 de abril de 2012

Percebo que parte dos artistas e intelectuais paraenses ainda faz uma demarcação oficial e verticalizada de cultura, é o paraensismo em exagero. Tudo que está dentro das demarcações oficiais do que seria o Pará é exaltado ao extremo! Creio que a demarcação não deveria ser essa, deveria ser horizontal, popular. O que faz a riqueza cultural de qualquer região é a cultura do povo, e o povo não tem uma demarcação necessariamente “estadual”. Não é ser paraense que faz a nossa cultura rica, é ser popular. O carimbó é rico por ser negro, indígena, mestiço e popular, não porque ele é do estado do Pará. Os tambores negros, por exemplo, não usam identidade estadual, nem nacional, eles são fruto da resistência negra, não são demarcados pelo “Estado”. A riqueza potencial do tecnobrega é o fato de ele ser em sua origem eminentemente popular e periférico, mediado obviamente pela cultura de massa, como tudo no mundo moderno. Reproduzir “regionalismos”, “paraensismos”, “carioquismos”, etc., etc. é demarcar o popular pelo que ele não é, é demarcar pelo “oficial”, é limitar o que é mais característico da cultural popular: a tensão que a separa (ao mesmo tempo que se relaciona) da cultura oficial e massiva.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

O poema não enche a vida de alegria.
Isso consiste em absoluta ilusão.
O poema é frio, é pragmático,
é o instrumento de seca observação!

domingo, 8 de abril de 2012

Questões do cotidiano que influenciam a filosofia moderna!

Se você esta em algum lugar, o banheiro, por exemplo, e lembra que não vai fazer uma coisa, tipo lavar as mãos e, por conta de ter lembrado de que não ai fazer tal coisa, você, contrariando a sua impressão inicial, mas de fato por conta e por resultado desta mesma impressão, acaba fazendo esta coisa – aquela coisa que de início você imaginou que não iria fazer ... A questão é: você fez a coisa (seja lá que coisa) exatamente porque você não ia fazer, e por isso fez, ou você fez apenas porque você ia fazer mesmo – e neste caso você estava enganado desde o início?

sexta-feira, 6 de abril de 2012

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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Às vezes penso que seja um coisófilo diletante, pois que gosto de quase todos os tipos de coisas!
Todo o passado morto deixou prenhe de futuro o presente.
A morte, por usa vez, é viva e prenhe de tudo que não somos e não conhecemos!
No fim de meus dias
quero morrer de rir
e rir-me indo.
Rir-me morto. Findo!
E que nenhum pranto seja pronunciado!
E que a dor do meu fim parta
e que o choro desfaça-se comigo.
Calado!