quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Micro considerações sobre o Círio de Nazaré!

Gosto do humanismo do Círio de Nazaré, do povo na rua, o povo tomando a procissão pra si, mas não gosto da cúpula conservadora! Infelizmente a cúpula da igreja católica paraense é fundamentalmente conservadora!

Círio de Nazaré: história da tensão entre igreja e povo, sagrado e profano, ordem e desordem, clero e multidão. A “corda” é símbolo disso! É a tensão constitutiva de falam antropólogos como Heraldo Maués.

A Santa Peregrina, que sai pela cidade na festa, é índia, personifica o povo. A santa original é portuguesa, personifica a igreja. Tensão!?



A Festa da Chiquita, do movimento LGBT, na véspera do Círio, mostra que a Santa é das minorias, assim como da maioria cabocla excluída, aqueles que estão às margens da cidadania e dos rios!

Só entende o Círio de Nazaré quem faz a experiência antropológico-filosófica de acompanhá-lo. O seu sagrado/profano escapa ao verbo!

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