sábado, 4 de setembro de 2010

Inacabado eu.

Na gaveta de meu armário da memória não há nada, a não ser memória em pó. No pó da gaveta de meu armário da memória não há nada, além de fragmentos. Nos fragmentos da memória não há nada além de sombras e vento. No vento não há nada além de nada e pensamento; e o pensamento, quando abre a gaveta das lembranças do tempo, que corre como o vento, em partículas e fragmentos, encontra o nada do nada do ocaso. Porém se acaso a busca persiste, é porque existe o que procurar... o que procurar, apesar de não ser nada ou ser a ausência do que é... Procurar e se mover, e se mover, no vento, ao relento, fragmento pulsante, pensante, pensamento, desta cabeça pesada, de nada e tudo que procura e é loucura por si só...

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