segunda-feira, 9 de maio de 2011

Poemas na sarjeta

Percebi que quando estou bêbado os poemas brincam de pira-esconde na minha cabeça, pulam corda, jogam amarelinha. Percebi que quando estou bêbado e entre o sono e o devaneio os poemas me sacaneiam o tempo todo, vem e vão, vão e vem, vem e vão, vão e vem. Ficam neste joguinho sacana.
Os poemas meu caros, não tenham dúvida, são pessoas muito más, brincam o tempo todo com os poetas, maltratam aqueles que querem apenas colocá-los pra fora.
Porém, tenho a esperança de um dia, em meus momentos de embriaguez e devaneios, embebedar os meus poemas aprisionados na cabeça. E quando isso acontecer, prometo a todos que os deixarei deitados na calçada, na sarjeta, que é na verdade, sempre foi e sempre será, o verdadeiro lugar do poeta e de seus poemas!

2 comentários:

  1. Gostei muito!
    Fez-me lembrar de um amigo que mora em Macapá, Obidias.

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  2. Certos poemas são como traficantes, viciam a gente mas não são usuários!..kkk. Bem verdade! Gostei! "E quando isso acontecer, prometo a todos que os deixarei deitados na calçada, na sarjeta, que é na verdade, sempre foi e sempre será, o verdadeiro lugar do poeta e de seus poemas!"...

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