terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Meu amigo querido Idalécio Lopes escreveu um texto sobre o aniversário de Belém em seu orkut, o qual reproduzo aqui (sem pedir autorização ao autor, diga-se de passagem...). Abaixo segue a resposta, ou comentário que fiz para o referido poema.


Minha Belém

Vem meu mano!
Vou te mostrar um pouquinho de
minha Belém.
É uma pena não poder levar-te à
“Estrada Nova” para comeres aquele churrasco pai d’égua do Mestre Verequete, saboreando
a melodia maravilhosa do carimbó que ele cantava.
Vem!
Vamos ao Bar do Parque, tomar uma
cerveja puta de gelada, nos braços de uma puta quente.
E naquela atmosfera de Boêmia
lembrar do Paranatinga:

“Uma cantiga de amor se mexendo,
uma Tapuia no porto a cantar,
um não sei que de saudade doendo
uma saudade sem tempo ou lugar”

E se ao amanhecer for manhã de
domingo. Valei-me Nossa Senhora de Nazaré!
Eu vou ficando por aqui mesmo.
Porque domingo em Belém e Praça
da República é que nem açaí e farinha.
Vou me assentar na ilharga
daquela mangueira e apreciar o mano Ronaldo todo pavulagem cantar pra gente:

“Pro João Gomes eu mandei um verso antigo
dizendo poeta é como chama acende
é lamparina”

Corre meu mano! Corre que lá vem
a chuva!
Vamos subir lá no coreto e
esperar ela estiar. Enquanto aquela morena com cabelo rastafari e saia no
rendengue, tomando um tacacá, lança pra mim um olhar de queimar.
Já vou chegando à boquinha da
noite me despedindo da praça, mas não sem antes pedir a benção ao maestro bem
em frente ao pequeno teatro:

Ah! Waldemar Henrique,
Quantas saudades deixaste
no coração dessa gente
que de tanto amor faz
Belém, Belém, Belém...

(Idalécio Lopes)



Comentário:

Lindo cara! Isso me lembrou as vezes que tu, eu e vários amigos (muitos da Canalha) amanhecemos vendo a "Nazica" passar lá no Var-O-Peso, em plena 4, 5, 6, 7, às 12 da manhã, amanhecidos da "Festa da Chiquita". Bons tempos aqueles! Tempos de viver a cidade, tempos de viver Belém. Nós que somos da periferia, lá da TF, lá das quebradas que ninguém quer passar, sabemos que a cidade é de todos. Não porque todos querem que seja, mas sim porque a cidade é nossa, de nós que a conquistamos todo dia, trabalhadores, camelôs, mendigos, maltrapilhos, flanelinhas, moradores das baixadas... por isso que a cidade é nossa! E um dia há de ser muito mais!!!!

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