quinta-feira, 24 de junho de 2010

Em tudo na vida há de ter paixão
Pois que sua ausência resseca os ares
Transforma o moinho
em
brisa
opaca
Em tudo na vida há de existir paixão
Pois que mesmo a morte nos causa volúpia e curiosidade
“A dor também ...”, dizem, alguém disse, disseram,
“...tem suas volúpias”
Em meio ao arrepio e ao medo
Em tudo na vida deve haver paixão
Pois que sem esta não teríamos espaçonaves, borboletas no estômago, uma folha qualquer que cai no chão...
E nos choca e nos move, e nos atinge e nos cega, e nos corta e nos leva e nos embriaga e a tudo move...
Em tudo na vida deve ter, e há, paixão
Não fosse isso tudo ficaria cinza
E se tudo fosse cinza as pessoas seriam iguais
E não reconheceríamos ninguém
E não seríamos ninguém
E já estaríamos mortos
Mesmo antes do fim!

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