quinta-feira, 11 de abril de 2013


A barbárie - entendida como falta de perspectivas, falta de horizontes materiais e simbólicos, como "ser" brutalizado e coisificado pela cultura do capital, na busca de sanar o vazio existencial na coisa-matéria-metal-aqui-agora, no "religare" fetichizado, etc. Essa barbárie leva a formas de totalitarismo e fundamentalismos. Lembrei agora de Hannah Arendt falando do totalitarismo surgindo das marges do capital, onde a barbárie era livre para o "lumpem" substituir a dor de sua exploração na metrópole pela exploração do "bárbaro" colonial (negro, indígena, asiático, o "outro" da modernidade). Na margem capitalista, que é parte do capitalismo, constitui o mesmo, pipocam fundamentalismos em cada esquina de bairros de periferia. Mesmo em continentes como a África ("amaldiçoados" segundo alguns profetas terceiro-mundistas) esse sagrado-coisificado impera. Ele tem por base o "lumpemproletariado", ou mais ou menos isso, mesmo que não se limite a ele, que literalmente se intitula um "exercito de salvação" ("intra-mundano" como diria Weber). O problema é quem vai ser salvo e quem vai morrer nessa "guerra". Já que "exércitos" só atuam em guerras. Em guerras não há democracia. E como ficamos? Exagerando eu? Tomara!!!

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