A barbárie -
entendida como falta de perspectivas, falta de horizontes materiais e
simbólicos, como "ser" brutalizado e coisificado pela cultura do
capital, na busca de sanar o vazio existencial na
coisa-matéria-metal-aqui-agora, no "religare" fetichizado, etc. Essa
barbárie leva a formas de totalitarismo e fundamentalismos. Lembrei agora de
Hannah Arendt falando do totalitarismo surgindo das marges do capital, onde a
barbárie era livre para o "lumpem" substituir a dor de sua exploração
na metrópole pela exploração do "bárbaro" colonial (negro, indígena,
asiático, o "outro" da modernidade). Na margem capitalista, que é
parte do capitalismo, constitui o mesmo, pipocam fundamentalismos em cada
esquina de bairros de periferia. Mesmo em continentes como a África
("amaldiçoados" segundo alguns profetas terceiro-mundistas) esse
sagrado-coisificado impera. Ele tem por base o "lumpemproletariado",
ou mais ou menos isso, mesmo que não se limite a ele, que literalmente se
intitula um "exercito de salvação" ("intra-mundano" como
diria Weber). O problema é quem vai ser salvo e quem vai morrer nessa
"guerra". Já que "exércitos" só atuam em guerras. Em
guerras não há democracia. E como ficamos? Exagerando eu? Tomara!!!
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