quinta-feira, 10 de março de 2011

Querer

Este querer-te, muito querendo, que te tenho,
às vezes me deixa confuso,
me deixa estranho.
Quero-te querendo,
muito querendo.
E um querer assim é deveras tamanho -
que o tamanho de mim mesmo,
às vezes é pequeno!
Este querer-me dormir-me contigo, em teu colo,
às vezes me parece tremendo, imenso intento.
Pois eu, mesmo te tendo,
Quero-te mais ainda.
Quero-te tanto, tanto e sem comedimento.
Quero-te sempre, enquanto este querer for tão extenso.
Que um querer tão profundo assim descabe,
e escapa a todo e qualquer cabimento.

Um comentário:

  1. muito lindo, meu caro!
    é impressionante como a confusão bem dita explicita o que é vida. ainda que dita em confusão, fica mais óbvia sua revelação...pois a vida não se organiza em palavras para que possamos "dizer" bonito, ela não se organiza e dizer sobre ela já é belo, às vezes é até condição

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