O museu é do índio, mas o índio ainda está vivo!
O índio ainda respira, ainda pulsa.
O museu é do índio, mas as terras são do Estado.
O museu é do índio, mas as terras são dos latifundiários.
Mais bonito se o índio estivesse na fotografia, bonitinho e
emplumado!
Mais bonito se o índio fosse uma criança branca, pintadinha,
cantando aos índios em feriados!
Mais bonito se o índio estivesse nos livros, em um passado
engarrafado.
Todo dia era dia de índio, mas o índio ainda está vivo!
Agora!
Neste instante!
Em cima da árvore!
Mas aproveitem, não vai durar muito!
O passado é do índio, mas o tempo presente é daquele antigo
progresso (enferrujado).
Logo logo, quem sabe, o índio volta para o museu...
Tão risonho quanto empalhado!
PS.: os índios estão vivos, agora, em vários lugares, aqui
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