segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Vontade

Quero tentar beijar tua boca fugidia
E tocar em tuas mãos impalpáveis.
Quero que tropeces em meus calcanhares
Em tuas brincadeiras de guria.
E pretendo escorregar sobre teu cheiro doce,
Não me importando que perfume utilizes.
Só me interessa a somatória que é o teu cheiro,
Matéria-prima de meus desejosos deslizes.
Desejo te ver passar por ai...
E que jogues o teu corpo no mundo, se assim quiseres,
Mas desejo mais que pares em minha frente
E que colemos, então, pele na pele.
Desejo que emaranhes as tuas pernas em minhas pernas,
De tal maneira que eu não possa sequer mover-me...
E que te aconchegues como se não quisesses me tocar...
No lúbrico jogo do querer-me e não querer-me
Quero descer levemente a mão em teu cabelo
E apalpar o lóbulo de tua orelha, te acariciando como se quisesses outra vez.
Tudo isso eu quero, eu desejo – sem comedimento.
E quem sabe queiras...
Talvez!

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