Poema de Fábio Pessoa em resposta ao poema imediatamente abaixo.
Houve um tempo em que as certezas eram absolutas.
Houve um tempo em que não havia certezas
Hoje, entre promessas, certezas e incertezas
Vivo sem pedir licença
Detestando a indiferença
Daqueles que acreditam na pós-modernidade
Sou moderno, maluco, careta, anarquista, conservador
Tomo partido, tenho atitude, mudo de opinião, mas não me entrego
Hoje, quero discutir política
Não a política dos profissionais da política de ocasião
Quero discutir a liberdade, razão mesma do fazer política
Quero ouvir as vozes das ruas
Quero sentir o cheiro mal-cheiroso de Belém
Quero me indignar com a cidade
E me alegrar com as pessoas
Hoje, eu quero me entregar aos velhos sonhos
E me deixar levar pelos novos ventos.
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