Quem viu a matéria do Jornal SBT Pará do dia 11 de outubro viu o que eu já havia falado antes aqui: o Círio é a história da tensão entre clero e povo, dentre outras tensões. A agressão de um Guarda da Santa a um romeiro no meio da multidão é a prova disso.
Mas existem tensões muito mais fortes. A exclusão social se expressa em todos os palcos da vida, e o sacro não poderia fugir disso, vide Festa da Chiquita, Cirial, ou mesmo a simples presença de tanto povo, ribeirinho, índio, mestiço, caboclo, que ouve tecnobrega, que bebe e que dá a forma final do Círio. Quando o povo quer, ele corta a corda, mesmo antes que a diretoria queira.
Aqui não é uma questão supra-terrena, trata-se de um conflito humano e social. Mas volto a dizer a tensão é constitutiva (já o disse Heraldo Maués). Agressão contra este povo não é a melhor forma de contato. A diretoria saberá disso, por bem ou por mal.
A direção da festa deveria se posicionar em relação à agressão do Guarda ao promesseiro. A dificuldade de organizar o Círio não pode ser motivo pra excessos.
Nossa, que horror. Nem sabia que tinha rolado isso. Poxa, que triste violência em pleno Círio e logo por quem. Naza tome conta de nosotros.
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