segunda-feira, 14 de junho de 2010

Os párias e o crack.

Todo mundo lembra da famosa “cracolândia” paulistana. No centro de São Paulo as pessoas consomem livremente crack. Todo mundo sabe, mas fingem que não vêem.
Mas não é só em São Paulo. Em Porto Alegre, por exemplo, o crake chegou com tanta força que os meios de comunicação de massa fazem campanhas fortíssimas contra o consumo da pedra, na TV e nos jornais impressos.
E não é só a grande mídia: no jornal Boca da Rua, feito por moradores de rua e portadores de HIV, que circula pelas ruas de Porto Alegre, o tema do crack é corriqueiramente discutido - já que os moradores de rua são o seu principal público consumidor.


Foto de Lúcio Távora - AG A Tarde.

Agora é Belém a bola da vez. Parece que a cidade das mangueiras já tem a sua “cracolândia” no centro da cidade. Como em São Paulo as autoridades passam, olham, mas não enxergam nada.
Será que isso ocorre pela invisibilidade dos moradores de rua?
Estes são os párias, aqueles que existem, mas não nos interessam, não queremos saber, não nos importamos...
Foda vai ser quando os “invisíveis” ficarem sem grana pra comprar a “parada” e forem pedir grana, gentilmente munidos de um “ferro”, para o pacato cidadão brasileiro mediano...
É por isso que em tempo de copa do mundo a gente só pode chegar à seguinte conclusão: o Brasil tem tudo pra ganhar a copa, o que não falta é crack nas cidades brasileiras.

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