E por falar em poetas queridos, publico um poema que fiz em resposta à Raquel Costa sobre o ato de escrever.
Poema a uma amiga
Para Raquel Costa
como sabes
nunca fui dado às materialidades do existir
nunca fui dado às prodigalidades inférteis
como já dizia um outro poeta destas bandas
me vale muito mais o devaneio
o que me falta no bolso
- como se eu fosse um poeta do século XIX -
sobra-me nas rodas animadas
nas rodas de pessoas de grosso trato
nas noites meio belas meio tristes
nas noites meio escuras meio claras
nos dias meio cinza meio sol
nas horas meio mortas meio vivas
a poesia me visita sim
vez ou outra
as vezes me arrisco no artefato (às vezes doce às vezes amargo) do verso
às vezes não faço nada
só espero a poesia me bater à porta
como se eu esperasse uma visita
como se fosse a visita de uma amada amiga!
e muitas vezes isso acontece...
13/ abril/ 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário