Tenho medo de morrer de rio
Como se o rio fosse minhas
veias
E o meu sangue transbordasse
Tenho medo de morrer de ar
Como se meu pulmão fosse o
céu inteiro
E dentro de mim, eternamente,
tempestadiasse
Tenho medo de morrer de terra
E ficar crucificado no chão
Como se eu fosse uma pequena
bactéria
Incrustada num frio pedaço de
carvão
Só não tenho medo de morrer
de infinito
Pois mesmo que expurgue um estrondoso
grito
Das profundezas quase
incólumes de meu pulmão,
A vida-morte pulsaria
eternamente
E minha voz plasmada no
absoluto
Tornar-se-ia parte da própria
imensidão
Morrer de infinito! Essas idéias só podem mesmo procurar a cabeça do poeta para morar! Belo!
ResponderExcluirE o medo, quem foi que inventou?
ResponderExcluirO medo foi inventado pelo Bicho Papão. Todos sabem disso Ana!!!!!
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