A arte sempre está um pouquinho à frente na percepção da realidade, porém seu “reflexo” é peculiar, está permeado pelo devaneio, imaginação e beleza! Daí que ela é mais uma pergunta, uma provocação, que uma resposta.
Seu reflexo é sempre uma reflexão, sua prova é sempre uma provocação.
Mesmo a arte conservadora nós provoca, pois ela será sempre uma reflexão de uma sociedade conservadora. E mesmo com seus limites ideológicos não deixará de ter até certo ponto aquilo que Marx problematizava sobre a arte grega ou aquilo que Lenin chamou de uma verdade sobre a realidade.
A arte é o campo da liberdade em termos gerais, pois que mesmo sendo uma reflexão da realidade o é sempre de maneira provocadora, criativa, rebelde, o eterno jogo do ser uma coisa sendo outra. Neste sentido a arte mesmo sendo ideologia é sempre mais complexa que as formas políticas, sociais, que os modelos e padrões.
A arte sempre é uma brecha para a liberdade, na medida em que ela sempre é provocadora, sempre nos diz algo, nos faz pensar. Sobretudo a arte revolucionária tem este objetivo mais claro, pois que a revolução é sempre a provocação sobre nossa condição humana, sobre a paralisia, sobre a quietude.
A arte revolucionária é sempre de/uma mobiliza-ação é sempre de/uma provoca-ação!
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