segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O jazz e o "treme-treme"


O jazz fundiu a cabeça da “boa sociedade” que não estava acostumada com o swing e o “treme-treme” negro. Olha ai o treme visto com preconceito em 1930 em Belém. É a diáspora negra no mundo!

“E foi o jazz, com sua música bizarra, de rythmos e phraseios extranhos, musica cheia de arrepios e lassidões excarnificantes, que produziu tão grande revolução nos costumes.
(...)
Nas ruas, o jazz inventou o andar treme-treme, que é a beribéri das mulheres da moda” (“A noção do belo", revista Guajarina, Belém, 01 abr.1930).

E que negro seria esse nos dias de hoje?

Creio que basta olharmos pra quem dança o "treme" e o funk que iremos ter uma pista! Negros, afro-caboclos do Jurunas, do Guamá, do Paar, da Terra Firme, não necessariamente militantes do movimento, mas fruto da diáspora, da musicalidade, do ritmo, da corporeidade africana que se vê em qualquer garoto  ou garota de "aparelhagem" em fim de semana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário