Blog para reflexões ludo-telúrico-etílico-filosófico-poético-existenciais, ou seja, pra falar tudo que mim comigo mesmo gostaria de falar. Mas todos serão bem vindos!
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Casa minha noite Rua minha lua Lua minha nua Casa, rua, nua, noite!
Dorme, ruazinha... É tudo escuro... E os meus passos, quem é que pode ouvi-los? Dorme o teu sono sossegado e puro, Com teus lampiões, com teus jardins tranqüilos...
Dorme... Não há ladrões, eu te asseguro... Nem guardas para acaso persegui-los... Na noite alta, como sobre um muro, As estrelinhas cantam como grilos...
O vento está dormindo na calçada, O vento enovelou-se como um cão... Dorme, ruazinha... Não há nada...
Só os meus passos... Mas tão leves são Que até parecem, pela madrugada, Os da minha futura assombração...
(QUINTANA, Mário. Soneto II. In: ─ . A Rua dos Cataventos; org. Tânia F. Carvalhal. São Paulo: Globo, 2. ed., 2005, pp. 20, “Coleção Mario Quintana”.)
SEXTA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2008
ResponderExcluirII
Dorme, ruazinha... É tudo escuro...
E os meus passos, quem é que pode ouvi-los?
Dorme o teu sono sossegado e puro,
Com teus lampiões, com teus jardins tranqüilos...
Dorme... Não há ladrões, eu te asseguro...
Nem guardas para acaso persegui-los...
Na noite alta, como sobre um muro,
As estrelinhas cantam como grilos...
O vento está dormindo na calçada,
O vento enovelou-se como um cão...
Dorme, ruazinha... Não há nada...
Só os meus passos... Mas tão leves são
Que até parecem, pela madrugada,
Os da minha futura assombração...
(QUINTANA, Mário. Soneto II. In: ─ . A Rua dos Cataventos; org. Tânia F. Carvalhal. São Paulo: Globo, 2. ed., 2005, pp. 20, “Coleção Mario Quintana”.)
http://omundocomoelee.blogspot.com/2008/06/ii-dorme-ruazinha.html