segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Acho este poema tão bobinho, parece uma carta de amor daquela que os adolescentes escrevem para os seus namorados. Ora, mas como já disse Fernando Pessoa, todas as cartas de amor são ridículas (Todas as cartas de amor são ridículas./Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas./Também escrevi em meu tempo cartas de amor,/Como as outras, ridículas./As cartas de amor, se há amor,/Têm de ser ridículas.)!
Sendo ou não sendo ridículo, sendo ou não sendo bobinho, coloco-o a baila para que tirem suas próprias conclusões.


Não, minha querida, não guardes teu sorriso.
Não te envergonhes de sorrir sozinha, apaixonada.
Não o engavete em tua boca,
Não o sufoque entre teus dentes.
Saiba que teu sorriso é como um telefonema,
Um email, uma carta, uma mensagem qualquer,
Um sinal de fumaça ou sei lá o que.
Quando sorris, meu sorriso percebe e se enche de dentes.
Meu sorriso gosta do teu,
Quer namorar com o teu sorriso.
Minha boca quer beijar a tua,
Meu corpo quer tocar o teu,
Meus dentes querem ver os teus.
Minha felicidade quer encontrar a tua.
Meu sorriso bobo apaixonado quer o seu!

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