Essa moça daí da foto,
fez um protesto em São Paulo contra as faixas exclusivas para ônibus,
argumentando que atrapalham o trânsito dos bons cidadãos que usam carro. Ora,
que culpam têm esses cidadãos de terem dinheiro, casa, carros e agregarem valor
ao mundo pequeno burguês consumista e individualista brasileiro, não é mesmo?!
Mas, na verdade o que
muita gente que pensa mais ou menos como ela, ou quem sabe até ela mesma
(hipoteticamente), queria dizer, era algo parecido com essa reconstituição
"ficcional" que faço abaixo:
Faz de conta que é a
indignada cidadã protestando contra as faixas exclusivas de ônibus. Ela
continua:
- "E tem mais, eu
acho que temos que acabar com esse negócio de transporte público! Ora, se os
nossos negrinhos, ops... digo, se os nossos empregados querem ir pro trabalho,
limpar nossos banheiros, engraxar nossos sapatos, quem vão à pé, pra isso tem
calçadas. Eles já conquistaram o direito de usarem sapatos, então que os usem
indo pro trabalho cedo! Já não basta essas bolsas esmolas para essa gente
nordestina desdentada... ops, quero dizer, pra essa gente pobre... Daqui a
pouco, além de faixa exclusiva para ônibus, vão querer faixa pra essa gente
defeituosa que anda pedindo na rua... ops!, quero dizer, pra essa gente com
problemas de locomoção. Se continuar assim, a gente dando direitos pra essa
gente vagabunda, ops, quero dizer, pra essa gente pobre, o Brasil vai acabar
virando uma Cuba ou a Venezuela... Deus me livre!"
Fim da reconstituição
ficcional!
O que falar de tudo
isso, né minha gente? Pensei em dar gritos de revolta, mas vou concluindo com
um lamentar. Como sofre essa classe média brasileira, como sofre essa gente de
bem.
É de dar dó!... de dar
dó!
Tive aceso ao caso na
postagem do Movimento Pró-Corrupção no facebook, aqui.