quarta-feira, 21 de maio de 2014

O reaça diz: não há racismo, somostod@smacacos. 
Mas, sabe-se que entre os “iguais” (humanos e bichos) “alguns são mais iguais que os outros”.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Campanha #somostodoshomensplaca:

Essa foto é a prova definitiva de que no Brasil além de não existir esse negócio de racismo (já que ‪#‎somostodossereshumanos), o pouco que existia foi eliminado de uma vez por todas por campanhas criativas e bondosas como aquela do ‪#‎somostodosmacacos. Campanhas que inclusive geraram empregos e dignidade para os nossos escravos, ops, quero dizer, para os nossos negros...
Aguardem, logo logo empresários e jogadores brasileiros ligados ao terceiro setor lançarão a campanha: "Somos todos homens-placas".
Não vejo a hora de adquirir a minha camiseta.
(SQN)






#AFlorestaVaiGritar!

Texto a seguir foi extraído do site da campanha, acesse e contribua AQUI



No dia 24 de maio de 2011, dois pistoleiros mataram os ambientalistas Zé Cláudio e Maria. Eles foram julgados, mas os mandantes continuam soltos. Essa vaquinha é para ajudar a família a fazer uma grande mobilização dentro do assentamento onde eles viviam e lutar por justiça!
Zé Cláudio e Maria dedicaram suas vidas para proteger a Amazônia. Eles amavam a floresta e queriam garantir esse legado para as gerações futuras.
Zé Cláudio uma vez disse: "Se uma árvore morre, eu planto outra. Porque no dia em que eu me for, vai ficar minha continuidade. E virão outras pessoas que querem a mesma coisa (Floresta) que tenho hoje."
Esses heróis denunciavam aqueles que queriam destruir a floresta. Zé Claudio e Maria eram a voz da Floresta.
Aqueles que mataram Zé Cláudio e Maria tentaram calar essa Voz.
Mas o legado deles ficou e a #AFlorestaVaiGritar!
Seu apoio é fundamental. Junte-se aqueles que lutam pela floresta e que no dia 24 de maio de 2014 gritarão junto da Majestade, a grande castanheira que Zé Cláudio e maria amavam: Viva a Floresta!

Quem somos:
Familiares de Zé Cláudio e Maria: Claudelice Santos, irmã de Zé Cláudio; Clara Santos, sobrinha de Zé Cláudio e Laisa Sampaio, irmã de Maria. Junto com a Comissão Pastoral da Terra.

Como faremos:
A família, a Comissão Pastoral da Terra e organizações locais estão organizando um grande mutirão para reconstruir a casa e o lote para receber os visitantes. Queremos fazer um grande ato para reunir forças, apoio das outras famílias extrativistas, e transformar o local de vida deles em um símbolo.
Os custos desse projeto são essenciais para permitir essa mobilização. Vamos receber pessoas que vivem com poucos recursos e dificuldades para o transporte e alimentação, mas gente corajosa e dedicada a defender a floresta.
O nome dos apoiadores será escrito em um muro na entrada da casa e agradecido nas redes sociais.
#VivaZéCláudioeMaria!

Minha twittada de hoje.

O que seria de nós sem o Diabo? Como viveríamos tendo que aceitar que boa parte dos erros são de nossa única e exclusiva responsabilidade?!

(No twitter)

Ciclovia "Casa da Mãe Joana".

Toda rua tem nome, não é mesmo? Pensando nisso me surgiu a ideia de batizar também uma ciclovia. A da Av. Mundurucus, a única inaugurada pela prefeitura de Belém nos últimos anos.
Ocorre que, percorrendo seu caminho, é facilmente observado que a ciclovia é de todo mundo. É uma ciclovia republicana, por assim dizer!
É do pedestre que para na faixa, dentro da ciclovia, esperando o sinal abrir; é do motoqueiro que pra fugir do engarrafamento a utiliza como atalho; é do outro motoqueiro que parou pra deixar uma encomenda (“rapidinho!”, segundo ele); é do carroceiro que deu uma paradinha pra juntar um entulho jogado nas ruas; é do motorista de táxi que parou “só um minutinho” pra pegar um cliente; é do moço que entrega gás naqueles carrinhos de pequeno porte; às vezes, é até da viatura da PM que estaciona pra fazer a fiscalização e a segurança pública da cidade; é das latas de lixo, aquelas grandes, deixadas na frente dos condomínios perto de São Brás; é do carro do lixo que para na ciclo faixa ao fazer a coleta; é dos ônibus que “sem querer” colocam um lado de suas rodas pra dentro da ciclovia; é dos carros particulares que a utilizam pra estacionar na frente das casas ou na frente dos lanches e bares da Mundurucus; etc...
Em resumo: a ciclovia da Mundurucus é de todo mundo. Se a gente parar pra pensar, pode ser até que ela também seja dos ciclistas, tanto que esses não atrapalhem todo o resto de cidadãos citados aqui em cima. Os muitos e muitos ciclistas que usam a via como corredor de transporte alternativo para o trabalho, evitando assim o pagamento de muitas passagens de ônibus todos os dias. E por falar em passagens de ônibus, informo a tod@s que ela já está mais cara nesta segunda-feira de Santa Maria de Belém do Grão-Pará.
Pensando em tudo isso é que tive a ideia de batizar a ciclovia da Mundurucus. Pensei em vários nomes, inclusive em homenagear familiares da atual administração pública. Mas, tendo em vista as características citadas, poderíamos lhe chamar de ciclovia “Casa da Mãe Joana”, pois, como muitas coisas em Belém na atualidade, a ciclovia não é de ninguém e é de todo mundo ao mesmo tempo.
Fica a sugestão para a prefeitura. Tenho certeza que será mais um bela homenagem à cidade de Belém, nas vésperas de seu aniversário de 400 anos.
Esteticamente “vanguardista”, plasticamente cult-retrô, comportamentalmente blasé, politicamente reaça! Os males pequeno-burgueses são!
[PS.: sobretudo da jovem pequeno-burguesia brasileira]

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Museu do índio

O museu é do índio, mas o índio ainda está vivo!
O índio ainda respira, ainda pulsa.
O museu é do índio, mas as terras são do Estado.
O museu é do índio, mas as terras são dos latifundiários.
Mais bonito se o índio estivesse na fotografia, bonitinho e emplumado!
Mais bonito se o índio fosse uma criança branca, pintadinha, cantando aos índios em feriados!
Mais bonito se o índio estivesse nos livros, em um passado engarrafado.
Todo dia era dia de índio, mas o índio ainda está vivo!
Agora!
Neste instante!
Em cima da árvore!
Mas aproveitem, não vai durar muito!
O passado é do índio, mas o tempo presente é daquele antigo progresso (enferrujado).
Logo logo, quem sabe, o índio volta para o museu...

Tão risonho quanto empalhado!

PS.: os índios estão vivos, agora, em vários lugares, aqui

sábado, 14 de dezembro de 2013

Protestos contra faixas exclusivas para transporte público, ou de como sofre a classe média!

Essa moça daí da foto, fez um protesto em São Paulo contra as faixas exclusivas para ônibus, argumentando que atrapalham o trânsito dos bons cidadãos que usam carro. Ora, que culpam têm esses cidadãos de terem dinheiro, casa, carros e agregarem valor ao mundo pequeno burguês consumista e individualista brasileiro, não é mesmo?!



Mas, na verdade o que muita gente que pensa mais ou menos como ela, ou quem sabe até ela mesma (hipoteticamente), queria dizer, era algo parecido com essa reconstituição "ficcional" que faço abaixo:

Faz de conta que é a indignada cidadã protestando contra as faixas exclusivas de ônibus. Ela continua:

- "E tem mais, eu acho que temos que acabar com esse negócio de transporte público! Ora, se os nossos negrinhos, ops... digo, se os nossos empregados querem ir pro trabalho, limpar nossos banheiros, engraxar nossos sapatos, quem vão à pé, pra isso tem calçadas. Eles já conquistaram o direito de usarem sapatos, então que os usem indo pro trabalho cedo! Já não basta essas bolsas esmolas para essa gente nordestina desdentada... ops, quero dizer, pra essa gente pobre... Daqui a pouco, além de faixa exclusiva para ônibus, vão querer faixa pra essa gente defeituosa que anda pedindo na rua... ops!, quero dizer, pra essa gente com problemas de locomoção. Se continuar assim, a gente dando direitos pra essa gente vagabunda, ops, quero dizer, pra essa gente pobre, o Brasil vai acabar virando uma Cuba ou a Venezuela... Deus me livre!"

Fim da reconstituição ficcional!

O que falar de tudo isso, né minha gente? Pensei em dar gritos de revolta, mas vou concluindo com um lamentar. Como sofre essa classe média brasileira, como sofre essa gente de bem.

É de dar dó!... de dar dó!

Tive aceso ao caso na postagem do Movimento Pró-Corrupção no facebook, aqui.

Perguntas de um trabalhador que lê Belém.

(em homenagem ao Antonio Lemos)

Quem construiu a Belém belepoquiana? 
Nos livros vem o nome de Lemos.
Mas foi ele quem transportou as pedras de mármore, quem plantou uma a uma as mangueiras hoje centenárias?
Não levava sequer um calceteiro preto, índio, caboclo, pobre, da periferia, para arrumar as pedras por onde passava?
E as óperas do Theatro da Paz, quem as patrocinava?
Nos livros aparecem nomes de nobres locais.
Mas, e os pianos? Carregaram eles mesmos os pianos nos ombros?

Como diria o poeta Brecht:
“Em cada página uma vitória.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?

Tantas histórias
Quantas perguntas"

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Açaí com frutas ácidas mata!

Hoje estava na defesa de doutorado de um amigo na UFPA na qual estava presente, dentre outros, o professor e poeta João de Jesus Paes Loureiro. Em certo momento de sua fala, o poeta lembrou da crença de que a mistura de açaí com frutas ácidas matava (o que é a mais pura verdade científica, como todos nós sabemos!). Então, para surpresa de todos os presentes, ele falou do caso de uma pessoa que tinha tomado açaí e depois tomou sorvete de cupuaçú, ou algo do tipo, mas não morreu! Me desesperei neste momento! Pensei: "Meu mundo caiu! Toda a cosmologia e a teogonia amazônicas não passam de uma grande mentira!". Mas, eis que a sabedoria poética se impôs salvando a mítica - e garantindo o futuro da ciência. O mesmo poeta, complementando sua história, asseverou sem titubear: "Mas isso ocorreu apenas porque o sorvete tem gelo, ou foi resfriado, e o gelo mata o veneno da mistura!".
Xeque mate! Tôma-lhe-te! Pega-lhe-te!
Desvendado o segredo, a verdade se restabeleceu, nossas avós e as tiazinhas que contavam histórias de visagens e assombrações às seis da tarde estavam certas! Misturar açaí e frutas ácidas mata, só não o faz se tiver gelo no meio!
Agora só nos resta saber se a moça do táxi existe ou não existe, se a cobra grande mora ou não debaixo da Igreja da Sé, e outras coisas ainda não totalmente esclarecidas para mim...!
Seja como for, ao paraense desavisado, quando estiver em outras partes do Brasil e resolver tomar um açaí com granola e outras misturas, não custa nada dizer assim, como quem não quer nada, ao garçom: "Moço, capricha aí no gelo, ouviu!"
Nunca se sabe, né!! Não dá pra arriscar!
Boa sexta a tod@s e saravá!