segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Fala de José Júnior sobre o Bloco da Canalha

Diga lá seu Jose Dias Jr.

"Que bom saber que nossa geração desenha sua história marcando presença na vida cultural e boêmia belenense. Assim como"a turma do peixe frito" dos anos quarenta representada por homens como Bruno de Meneses e Dalcídio Jurandir; os boêmios do bar do parque dos tempos de Ditadura Militar, que conspiravam contra o sistema fazendo música e poesia; da turma do "Afoxé Dudu" dos badalados anos oitenta, bem como dos "seresteiros do Carmo" nos anos noventa e dois mil, agora "A Canalha: A vil ralé que cospe no chão", que começou com uma brincadeira em brindes incessantes no saudoso Bar do Mezenga em meados dos anos noventa, agora sofisticadamente representada pelo Bloco da Canalha faz sua história numa sociabilidade alegre, saudável e bonita com gente que transmite as melhores das energias para essa nossa queridíssima Santa Maria de Belém do Grão Pará. É lindo ver lugares da cidade sendo recuperados como ponto de cultura (do mais alto nível, diga-se de passagem), como o Mercado de São Braz, obra do início do século XX, construído justamente como espaço de segregação, para atender os migrantes cearenses que se instalaram nos arredores de Canudos, Guamá e Covões de São Braz, gente simples não desejada pelos paladinos lemistas no centro da cidade, preferido aos "cidadãos bellepoqueanos". E hoje ao fazer um passeio pela cidade singrando as Avenidas Nazaré e Magalhães Barata desaguamos no Mercado construído por Filinto Santoro, que teve seus traços arquitetônicos propositalmente valorizados pelo arquiteto e ex-prefeito de Belém Edmilson Rodrigues ao fazer a inversão das avenidas, deixando-o de frente para o povo que agora o ocupa e o re-signifíca com a Batucada dos Excluídos dando o sentido e valor que o mesmo sempre mereceu. Parabéns a todos que fazem esse movimento!"